Le triomphe de la Bête

Coisas como a série Os Andrades na Capital não são simples peguilha. Enquanto houver memória (e presença, e lastro) de cosa nostra, dos vários Pintos, Jorge Nuno, Adriano, Lourenço, Sousa, da dinastia Loureiro, dos irmãos Teles e Pinheiro, dos fretes dos Gomes, Cardoso e Meneses, dos serviços dos Garrido, Calheiros e companhia, do Abel e do Madureira Macaco, gente venasca de bas-fond e petit-monde, mais ou menos arraia-miúda, amiúde sujeitinhos do próprio sangue, a quem cai tão bem a frase: quem não tem competência não se estabelece, da gestão de carreiras de clubes, treinadores e jogadores feita à medida do Fê-Qê-Pê, dos ofertórios a pedir batatinhas e à Te Deum ao Padrinho, insistirei na fantasia, na ficção sublimatória, na alucinação fresca e juvenil, renová-la-ei sempre que me der para aí. Não há inocentes? Claro que não. Simplesmente os outros nunca passaram de cigarritas desaustinadas, a correr para Canal Caveira e de volta sem perceberem que, da aquisição de serviços, só podiam colher alegrias (públicas) breves. A nuvem de gafanhotos, essa nunca mais se extingue. Vêem-se-lhes as cabeças, adivinha-se a jangada de cadáveres, prossegue o comércio das almas. Desazo, ponho-me a jeito, a impotência dever-me-ia deter a língua, fazer largar o osso? Quero cá saber. Até me diverte que achem que me apanharam. Pelo odor di femmina confessar-me-ei sempre desnorteado. Il n’est pas si diable qu’il est noir? Plus et tant. Les victoires de Porto ne valent pas un pet de lapin. La prouesse ce n’est que presque 30 ans de saleté impunie. Rendre hommage? Jamais. Antes morto.

[mas envio daqui um abraço de saudação ao André]

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