Polly e Luís, não venham. Isto do limbo afinal não é nada do que me pareceu ontem. Para mais, vagueiam por toda a parte uns místicos todos estranhamente com cara de Esther Williams que nem a cumprimentar sorriem e que me querem converter ainda não percebi bem a quê. Dizem que só me deixam sair quando estiver pronto. Pelo sim pelo não, ando sempre com o cu encostado às paredes e durmo de papo para o ar. Ó dr. rotwang, se conhece os gajos de Houston meta lá uma cunha para ao menos me enviarem umas cuecas lavadas e uns maços de tabaco. Ah, e avise-os que estão a apontar ao Universo errado.
A história e a moral
Mona Lisa LHOOQ , 1919 Marcel Duchamp Em mil e novecentos e muita coisa, já eu me havia despedido e feito luto dos escrúpulos, estava de núpcias aprazadas. A nubente, sendo de família numulária, tinha tudo, excepto o aspecto, provado sob todos os ângulos, que era de mastronça. Um desastre e peras. Do pescoço para cima avultava-lhe um buço de bradar aos céus. Assim fiz. Com o devido respeito, bradei e veio um anjo. Tinha pinta, o anjo, um Paul Newman mais novo, ainda sem vícios de representação, evidentemente andrógino. Numa fracção de segundos fez o serviço. Retirou-lhe o buço, depositou-o numa balança, pesou-o e comunicou: 50g, é de fechar o coração a qualquer um. Do mais, não posso fazer milagres . Dito isto, desapareceu misteriosamente. Tive um mau pressentimento. Não me fio em quem se põe na alheta sem pedir licença e sem dar ensejo a agradecimento. Não muito crente, torci-me para a noiva, suspenso do benefício. Fiquei para morrer. No lugar do bigodinho, uma fístula extensa, morfei
Comentários
Que se passou, uma rusga?
Enviar um comentário