Do acto recriativo [prefácio apócrifo]

Está um gajo e pai despreocupado, pachorrento, e resolve pôr um cd de pop electrónica despretensiosa, só para descomprimir, isto é: arrotar das comezainas que por acaso não enfardou. O cd até começa bem, soft and light, com uns apelos a que se ponha máscara de avatar. Mas, subitamente, qual tumefacção de The Lord of the Flies, dá nisto. Isto, sim; isto é heresia, blasfémia, a coisa a sério. Há gente [tenham lá paciência, perspicazes, mas é o meu momento puta relaxadíssima] muito torpe, tão ignóbil que não dá para imaginar. A regalia é que, com esta lyrics a repenicar na memória, nada do que me der na telha escrever daqui em diante poderá de facto chocar muito.
Por que sei que tenho leitores muito sensíveis, que se melindram por dá cá aquela palha, e não posso recorrer à bolinha vermelha, transcrevo apenas uns versos. O remanescente fica à ordem dos vossos devaneios e fantasmagorias.

I hate his majesty the baby
The bald and dribbling little git
The polymorphous little pervert
In every orifice a fluid
Born in a filthy burst of semen
Some tosser planted in a woman
The spitting image of a tosspot
Let us assassinate the despot!

His majesty the baby, Ping Pong, Momus

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