Choque civilizacional ou pura azelhice?

Há um bom par de anos, num certo Verão, apareceu por aí uma judia israelita, por sinal muito jovial. Pronto, engraçámos um com o outro. Correu tudo às mil-maravilhas até chegar a altura. Ouvíamos em fundo as Murder Ballads do Nick Cave quando ela, passando a mão vagarosamente sobre o tampo de mármore do aparador da sala, me avisou que naquela altura do mês não podia. Que a niddah não permitia. Preparado como poucas vezes na vida para amar, quase sufoquei de desespero. Não me dei contudo por vencido. Fiz a minha melhor cara de carneiro mal morto e fui atrás do prejuízo. Cheguei-a a mim, abracei-a e disse: Irit – era o nome da cachopa –, minha querida, que ideias são essas? Ninguém vai saber. Israel fica no cu de Judas. Erro crasso. Nem então nem nunca mais. Aliás, nunca mais lhe pus a vista em cima.

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