A license to kill

License to kill whom? Apenas (como se fosse pouco) pessoas com conduta suspeita? Notaram que o infeliz imigrante brasileiro era, para os padrões autóctones, bem escurinho e trajava lowerclass? Sem pingo de sangue, avivou-se-me que alguns judeus e até ciganos, alemães, polacos e outros, livraram-se da morte certa porque eram louros e tinham olhos azuis; eram portanto, de acordo com os critérios nazis, fenotipicamente arianos. Grife-se: na dúvida, perante um comportamento suspeito, é falso que a acção policial siga universalmente o princípio disparar a matar primeiro, inquirir depois. Isto é o que acontece quando aparentemente se suspendem (como se, segunda vez, fosse pouco) os direitos civis básicos, entre os quais a presunção de inocência, e tudo se deixa ao arbítrio racista e classista das forças de segurança. E ainda há quem, embora lamentando o dano colateral, aplauda a determinação. Se o nosso declínio não começou, engana muito bem.

P.S.
Oito tiros à cabeça, sete deles no alvo?! Oito tiros?!!!

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