Defeso e transferência
Tem toda a razão jpt. Mas esta é a única altura do ano em que acho legíveis (suportáveis) os jornais desportivos. No defeso, são obrigados a fazer um considerável esforço de imaginação arquetípica para tornar verosímeis as ficções que constroem à roda das contratações dos grandes. Ficções quase inofensivas. Há um acordo tácito: os leitores não levam à letra as miríades. Como se fossem fantasias sexuais que se interrompem muito antes dos preliminares. Ou inclusive transferências, a via regia porém difícil e polémica para aceder ao inconsciente e perscrutar, no passado, a causa de neuroses e outras psicopatias. Já dizia Freud: a transferência é uma forma especial de recordar.
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Seve
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