Carcavelos revisited [1]

Na voragem do acontecimento (mediático), é bem possível, diria até provável que Carcavelos tenha sido algo empolado. A construção mediática da informação – fundada em leis como a espectacularização e a dramatização – tem muita dificuldade em soltar-se do espartilho de avejões, preconceitos e imagens (de)testadas – logo foi apregoado, com instrumental incredulidade, o seminal arrastão – que ela própria ajuda a consolidar. A Cova da Moura, o preto desce em força à cidade para perturbar a ordem pública. A economia simbólica do outsider em plena gesta. Não se esqueçam desta hipótese, caros Pacheco Pereira e Lutz. Não estou a dizer que é a certa, a única válida. Apenas não quero excluí-la e precipitar-me para conclusões apressadas.

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